VAIRAGYA - Ausência de apego
Quando a nossa atenção se volta para o exterior, as nossas emoções ficam enredadas na complexidade das actividades do dia-a-dia.
Envolvemo-nos tanto com o exterior que perdemos completamente a noção e direcção da nossa verdadeira natureza, isto vai acontecendo cada vez mais conforme nos identificamos com as situações, pessoas e objectos exteriores. Conforme abrandamos o nosso ritmo e voltamo-nos para dentro, naturalmente vamos perdendo o interesse nos objectos transitórios e aumentamos o interesse na procura do absoluto e permanente. Notamos mais facilmente que os altos e baixos da vida vão e vem e não somos tão afectados por eles. Esta relação com o exterior, apego e identificação com aquilo que muda constantemente é uma das causas de sofrimento.
Vairagya é comumente traduzido como desapego, indiferencia ou renuncia, em particular renuncia da dor e prazeres da vida mundana no mundo material a que é reconhecido como Maya. No texto dos Sutras de Patanjali, Vairagya é uma das práticas fundamentais que juntamente com Abhyasa, contribui para a cessação das oscilações mentais, com indicado no Sutra 1.2. Ambas as práticas são referidas no Sutra 1.12 (abhyasa vairagyam tannirodhah) e surgem também no texto da Bhagavad Gita três vezes nos versos 6.35, 13.8 e 18.52..
Vairagya no entanto não significa supressão ou repulsão pelos objectos materiais ou pelo exterior. Através destas práticas, juntamente com Viveka (discernimento), o aspirante naturalmente começa a compreender aquilo que muda constantemente com aquilo que é absoluto e que nunca muda, deixando assim de ser afectado pelo exterior.
Quando um objecto é notado, esse objecto poderá produzir uma atracção que poderá conduzir a um apego. Com o passar do tempo esse apego poderá crescer num desejo e quando não conseguimos ter o objecto novamente isso criará algum tipo de sofrimento. Quando não somos afectados pela presença ou ausência de um objecto, isso é Vairagya.
A ausência de apego não significa desinteresse, é apenas um estado de consciência e compreensão que nos faz ver que aquilo que nos causaria apego e que muda constantemente, inevitavelmente trará sofrimento.
Qualquer tipo de dependência de certa forma torna-nos escravos. Não há maior liberdade do que não depender de nada exterior para nos fazer felizes.
Reacções e acções repetidas constantemente geram padrões habituais intrínsecos (samskaras).
Vairagya é não permitir que os padrões das acções passadas, adições, vícios, apegos ou desejos e aversões afectem o nosso foco e a nossa inteligência.
Alguns pensamentos e exercícios relacionados com Vairagya.
Pensa em situações onde ficar desapegado poderiam ser beneficiais para ti e para os outros. Será possível ficares assim? Porquê? Identifica possíveis apegos associados a essa situação. Como é que poderás remover esses desapegos?
Conforme estabeleces e aumentas a tua prática (sadhana) tornando-a contínua ou constante (abhyasa), nota como esses apegos naturalmente enfraquecem ou mesmo desparecem.
Quando a nossa atenção se volta para o exterior, as nossas emoções ficam enredadas na complexidade das actividades do dia-a-dia.
Envolvemo-nos tanto com o exterior que perdemos completamente a noção e direcção da nossa verdadeira natureza, isto vai acontecendo cada vez mais conforme nos identificamos com as situações, pessoas e objectos exteriores. Conforme abrandamos o nosso ritmo e voltamo-nos para dentro, naturalmente vamos perdendo o interesse nos objectos transitórios e aumentamos o interesse na procura do absoluto e permanente. Notamos mais facilmente que os altos e baixos da vida vão e vem e não somos tão afectados por eles. Esta relação com o exterior, apego e identificação com aquilo que muda constantemente é uma das causas de sofrimento.
Vairagya é comumente traduzido como desapego, indiferencia ou renuncia, em particular renuncia da dor e prazeres da vida mundana no mundo material a que é reconhecido como Maya. No texto dos Sutras de Patanjali, Vairagya é uma das práticas fundamentais que juntamente com Abhyasa, contribui para a cessação das oscilações mentais, com indicado no Sutra 1.2. Ambas as práticas são referidas no Sutra 1.12 (abhyasa vairagyam tannirodhah) e surgem também no texto da Bhagavad Gita três vezes nos versos 6.35, 13.8 e 18.52..
Vairagya no entanto não significa supressão ou repulsão pelos objectos materiais ou pelo exterior. Através destas práticas, juntamente com Viveka (discernimento), o aspirante naturalmente começa a compreender aquilo que muda constantemente com aquilo que é absoluto e que nunca muda, deixando assim de ser afectado pelo exterior.
Quando um objecto é notado, esse objecto poderá produzir uma atracção que poderá conduzir a um apego. Com o passar do tempo esse apego poderá crescer num desejo e quando não conseguimos ter o objecto novamente isso criará algum tipo de sofrimento. Quando não somos afectados pela presença ou ausência de um objecto, isso é Vairagya.
A ausência de apego não significa desinteresse, é apenas um estado de consciência e compreensão que nos faz ver que aquilo que nos causaria apego e que muda constantemente, inevitavelmente trará sofrimento.
Qualquer tipo de dependência de certa forma torna-nos escravos. Não há maior liberdade do que não depender de nada exterior para nos fazer felizes.
Reacções e acções repetidas constantemente geram padrões habituais intrínsecos (samskaras).
Vairagya é não permitir que os padrões das acções passadas, adições, vícios, apegos ou desejos e aversões afectem o nosso foco e a nossa inteligência.
Alguns pensamentos e exercícios relacionados com Vairagya.
Pensa em situações onde ficar desapegado poderiam ser beneficiais para ti e para os outros. Será possível ficares assim? Porquê? Identifica possíveis apegos associados a essa situação. Como é que poderás remover esses desapegos?
Conforme estabeleces e aumentas a tua prática (sadhana) tornando-a contínua ou constante (abhyasa), nota como esses apegos naturalmente enfraquecem ou mesmo desparecem.
Hugo Abecassis